Dia de passeio pelo Sena. Fiz no batobus (batobus.com) opção mais
barata e versátil dos tradicionais barcos de passeio. Com um passe você
tem acesso a 8 estações nos pontos turísticos na beira do rio. É
versátil porque não tem tempo em cada estação, você pode descer só onde
quiser, passear, voltar, pegar outro batobus (eles passam de 20 em 20
minutos).
Na estação do Jardin des Plantes resolvi me perder um pouco pelo
bairro e acabei encontrando uma lojinha orgânica! Tudo de bom, com
ferinha, espaço para lanches, muitos produtos. Tomei um lassi de chai
maravilhoso! Quero agora fazer em casa. Imaginei mais ou menos assim:
Primeiro secar um pouco o iogurte num pano (ele era grosso
diferente de todos os lassis que já tomei). Depois fazer um chá bem
concentradão de chai - não deixar muito tempo a infusão para não começar
a amargar. Misturar limão no chá e depois ao iogurte. Por último
adoçar.
sexta-feira, 29 de junho de 2012
quinta-feira, 28 de junho de 2012
As berries!
Andar na rua e dar de cara com estas cestinhas simpáticas de frutinhas vermelhas é tudo de bom! Só falta agora a opção mix: um pouquinho de cada, pra comer na hora, sentado num banco de praça!
Queria que existisse essas embalagens no Brasil para os morangos dahorta.
Queria que existisse essas embalagens no Brasil para os morangos dahorta.
quarta-feira, 27 de junho de 2012
Pic Nic
Os parisienses sabem utilizar bem os
espaços públicos da cidade. Toda praça, parque, beira do Sena é
cenário para um pic nic, um lanche rápido, um bate papo, uma
descansada. Não importa se sozinho ou acompanhado. Os dias de sol
são presentes que eles aproveitam bem ocupando a rua e suas
infinitas possibilidades.
Pessoas lanchando, dormindo, curtindo o horário de almoço.
Todo lugar serve para uma parada: aqui os bancos de uma ponte sobre o Sena, de um lado o Louvre, do outro o Instituto da França.
No "Jardin des Tuileries" tem até cadeira disponível para o descanso.
Fácil assim, te esperando para um tempo de contemplação e repouso.
Ainda nos Jardins des Tuileries uma hortinha! Fiquei curiosa para saber quem tem acesso à estas lindas alfaces roxas, e folhas verdes. Por fora dá para colher orégano, sálvia, manjericão.
Na França como os franceses:
Quer maneira melhor de conhecer a cidade do que fazer os programas das pessoas que vivem aqui? Pic Nic na rua. Não importa se é num jardim, parque, praça, ou na beira do Sena, qualquer lugar vale. Deixe-se entrar no clima das pessoas, compre bons ingredientes, um vinho, relaxe e curta uma tarde parisiense como os próprios moradores fazem.
Foi assim que a gente fez: salada de cogumelo de paris, com tomates pretos e queijo de cabra, tudo comprado no mercadinho e misturado em casa, com azeite, pimenta do reino e sal. Para acompanhar mix de folhas que vende pronto no mercado e baguete francês. Ao invés do vinho, cerveja. Programa perfeito para os dias quentes do verão!
Ótimo lugar para fazer um pic nic é nesta pontinha de terra entre dois lados do rio. (se não me engano Ilha de Saint Loui), tem jardim, parquinho para as crianças e uma vista privilegiada!
terça-feira, 26 de junho de 2012
Paris Verde
Um parêntese para contar que estou em Paris, ainda no clima de férias de começo de viagem. Este trajeto é super fácil e barato com os trens de alta velocidade (TGV), Torino e Paris, um pulo!
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Aqui me surgiram outros alimentos tão
importantes quanto aqueles que entram pela boca: as alternativas para
uma cidade mais sustentável. Legal ver numa cidade tão antiga propostas tão modernas (e simples e econômicas) para tornar a cidade mais verde. Também é tanta gente, tanto turista que alternativas para melhorar o trânsito, a poluição, o barulho são fundamentais para a sobrevivência das pessoas e da própria cidade.
O Velib é um sistema público de uso compartilhado de bicicletas. Você faz seu cartão gratuitamente, no painel que fica ao lado do bicicletário (abaixo) e pode utilizar as bicicletas para se locomover por Paris e ainda por cima devolver em outro Velib. Tudo de bom! É usado tanto pelas pessoas locais como pelos turistas! Acesse http://www.velib.paris.fr
Já deu tão certo o velib, que a novidade é o autolib: uso compartilhado de carro! Não só diminuem os carros nas ruas como eles são ecológicos: silenciosos e movidos a energia elétrica. Quando devolvido em algum ponto de autolib ele é automaticamente reabastecido! Detalhes de funcionamento no http://www.autolib.fr/autolib/
Tudo para manter o charme da cidade luz... Perfeito né? Quem sabe a moda pega nas terras tupiniquins!
Local:
Paris, França
segunda-feira, 25 de junho de 2012
Piatto del Giorno: Sorvete de Pistache
Nunca entendi esse negócio de sorvete de pistache no Brasil. Não achava a menor graça. Aquele verde não correspodia à cor da semente, muito menos o sabor que eu conhecia, algo me incomodava e eu não sabia ao certo o que era, só sei que geralmente não escolhia este sabor.
Agora entendi tudo e a descoberta foi maravilhosa! Aqui o sorvete de pistache é feito de pistache, veja você que coincidência! É delicioso, tem uns pedacinhos da semente, tem um certo salzinho no sabor, a cor, esta sim de pistache, é um verde lindo, escuro, manchado. A textura é essa coisa de sorvete de verdade, que só agora começa a aparecer no Brasil, uma cremosidade aerada. É imperdível, nem precisa ir na melhor sorveteria da Itália, é só ver uma movimentada e ser feliz!
Agora entendi tudo e a descoberta foi maravilhosa! Aqui o sorvete de pistache é feito de pistache, veja você que coincidência! É delicioso, tem uns pedacinhos da semente, tem um certo salzinho no sabor, a cor, esta sim de pistache, é um verde lindo, escuro, manchado. A textura é essa coisa de sorvete de verdade, que só agora começa a aparecer no Brasil, uma cremosidade aerada. É imperdível, nem precisa ir na melhor sorveteria da Itália, é só ver uma movimentada e ser feliz!
domingo, 24 de junho de 2012
Piatto del Giorno - Espaguete com Aliche e Avelã!
As fotos não serão muito boas, porque a máquina é super simples. Mas espero que dê para imaginar o sabor e quem sabe repetir na sua cozinha.
O detalhe que fez toda a diferença neste prato é que não havia um excesso de aliche, com aquele sal todo. Na verdade não vi aliche nenhum, somente senti seu sabor de forma suave, num molho que parecia somente de manteiga ou creme de leite. Combinou perfeitamente com a avelã picadinha por cima!
Comemos este prato depois de visitar a Sacra di San Michele, no restaurante que fica no largo onde se estaciona o carro. Tudo delicioso, uma tábua de queijos incrível, mas os queijos merecem um capítulo a parte mais tarde.
sábado, 23 de junho de 2012
Piatto del Giorno: Torta de Abobrinha
Este foi só um dos vários antepastos e pratos deliciosos servidos no casamento da Paola e do Flávio, que tive o prazer de participar! Acima você pode ver uma cópia do cardápio servido. Eu pensava que escolheria algumas opções. Mas estava tudo tão apetitoso e o clime tão alegre que fui provando, provando.
Um gole de vinho da casa aqui, outro acolá e posso garantir que o cardápio todo era delicioso! Para melhorar só se eu já falasse italiano, pois este povo come tão bem como se diverte conversando!
Dizem que estes casamentos podem durar um dia inteiro, entre um antepasto e outro, depois outro...mais um tempo, mais vinho, mais conversa e aí começam os "primi piatti" - geralmente uma massa ou risoto... vários, com pausa entre eles, mais vinho, mais conversa...já se passaram horas e nem chegamos ao "secondi piatti", que normalmente tem uma carne, ou uma salada. Para limpar o paladar antes desta nova rodada um sorvete bem básico e mais conversa, mais vinho, a risada vai aumentando de altura, a alegria pelos noivos não deixa a festa acabar e vai indo... ainda sobra espaço para as sobremesas acompanhadas da grapa - a cachaça feita de uva ou o limoncelo - o licor de limão siciliano. Um banquete!
Esta torta era uma mistura entre uma quiche e um souflê. Foi servida como entrada. Uma massinha fina por baixo, um recheio aeradinho e temperado no meio e por cima essas lindas e apetitosas abobrinhas com os cantinhos tostados!
sexta-feira, 22 de junho de 2012
Super exercício do desapego
Estava super orgulhosa da mala piccola
que havia feito e me sentindo uma desapegada de tanta coisa que
costumo precisar (ou melhor, que tenho medo de precisar e não ter) e
eis que a vida me pregou uma peça muito maior: minha mala não
chegou. Pois é, está perdida pela Itália, sozinha, não sei onde e
como eu, não fala italiano, tadinha. E eu aqui sem nenhuma roupa a
não ser o que estava na minha bagagem de mão, ou seja, praticamente
nada! Por incrível que pareça não fiquei (nem estou) nervosa.
Só há duas possibilidades: ou chega e pronto, me virei estes dias, mas não morri ou não aparece e tenho que acessar o seguro (que fiz na última hora) e comprar tudo novo ;) as duas opções me parecem boas. Um mini guarda roupa de H&M e Zara, não vai ser nada mal.
Só há duas possibilidades: ou chega e pronto, me virei estes dias, mas não morri ou não aparece e tenho que acessar o seguro (que fiz na última hora) e comprar tudo novo ;) as duas opções me parecem boas. Um mini guarda roupa de H&M e Zara, não vai ser nada mal.
quinta-feira, 21 de junho de 2012
A bota – traçando o roteiro
Uma amiga me disse que sou a pessoa
mais a deriva e com mais foco que ela conhece. Então é essa a rota
da viagem: objetivos traçados, mas muitas lacunas para o
imprevisível, o novo que sempre aparece. Gosto de não fechar muito
os caminhos para não perder o acaso e suas possibilidades.
Mas o esqueleto tá montado e começa
em Torino, Piemonte, por onde entro na Itália. Piemonte tem muitas
coisas que me interessam, a primeira e maior delas é a sede do
movimento slow food. Desde que conheci o assunto me apaixonei, foi
como descobrir minha tribo, pessoas falando e fazendo o quê eu
acreditava e gostaria de ver no mundo: alimentação e plantação
caminhando juntos. É muito estranho que eles tenham se separado, mas
esta é a verdade depois da revolução verde e do crescimento da
indústria alimentar. A comida ficou orfâ de pai e mãe, como uma
criança da roça criada na cidade grande, sem conhecer suas origens.
Na verdade as pessoas ficaram orfãs de uma comida com história,
ciclo, sabor. Resgatar isso é lindo e saboroso e o piemonte é onde
tudo começa. Tem a UNISG, (www.unisg.it)
Universidade de Gastronomia do movimento, um sonho antigo, um curso
de mestrado que namoro há alguns anos...
Próximo passo Toscana. Roça. Mesmo
com todo calor do verão, espero poder por a mão na terra, visitar e
estar em algumas propriedades rurais, principalmente de horta
orgânica. Dizem que é um ótimo período para festas típicas na
região, e gostaria de alternar a atividade rural com passeios...
Não sei o próximo passo, mas ainda
tenho dois objetivos:
Bologna. Um amigo de uma amiga
participa do Slow Food local e achei que seria legal ver as
atividades da região.
Por último Puglia. Sei pouquíssmo
sobre o salto da bota, mas estou decidida a chegar até lá. Minha
última paixão literaria foi Ossos, Sangue e Manteiga, de Gabrielle
Hamilton, uma chef de cozinha americana muito autêntica, dona de um
restaurante em NY que parece ser um sucesso – Prune, e que se casou com
um italiano da região. Seu relato me encantou com a simplicidade do
povo, sua culinária rica e preservada, a rusticidade das feiras e a
alegria das pessoas. Foi amor a primeira leitura.
No mais à deriva, deixando o vento me
guiar. Parece bom, não é?
Local:
Belo Horizonte - MG, Brasil
quarta-feira, 20 de junho de 2012
A mala – hora do desapego
Arrumar mala não é uma missão fácil
para mim. Quanto mais para uma viagem longa, cheia de possibilidades.
Me foquei numa bagagem leve, mesma energia que quero para a viagem!
Ainda não coloquei na mala (na verdade um mochilão, pois para quem
mora na roça mala de rodinha sempre parece street demais, confio
mais em algo mais off road), mas tenho a impressão que consegui
selecionar bem. Nada muito requintado, nada que não seja minhas
roupas, sapatos e coisas preferidas do dia a dia. Desapego total,
nada daquele vestido lindo, florido, super a cara da Toscana, mas que
eu nunca uso.
Acabei descobrindo que o desapego mais
dificil é outro: é a escolha de estar em outro lugar, deixando um
monte de gente e eventos queridos pra trás! Aniverśario de 90 anos
da minha vó, 1 aninho da sobrinha... meu canteiro de aspargos que
até agora só consegui comer um, os morangos orgãnicos dahorta!!!
Por favor, quem estiver por Entre Rios ou BH coma muitos morangos por
mim! Coma como se tivesse acabado de ser colhido, porque é assim que
a gente se esforça para que ele chegue até vocẽ. Aproveita e faz
aquela receita da Nydia Negromonte que tá postada nas receitas
dahorta, com pimenta e açúcar. Parece exótico mas é perfeito.
Serve tanto como sobremesa ou como entrada, melhor impossível. Gosto
muito também de deixar os morangos picados com sumo de limão e
açúcar por uma meia hora e depois comê-los com iogurte natural!
Nenhuma cereja italiana (hehe) vai substituir a colheita diária dos
morangos. É dos trabalhos mais deliciosos que conheço porquê
passarinho também adora morango, então tem aquele tanto bicadinho,
que só serve pra...comer! Na hora, sem lavar sem nada. Várias vezes
já deixei o jantar de lado sem entender porquê não tinha fome e
depois lembrar da colheita bem proveitosa da tarde... temos uma
teoria na horta que há seres elementais por trás de cada morango,
pois é normal não vermos alguns morangos na hora da colheita e
quando voltamos lá está ele, madurinho, parece que estava nos
pregando uma peça, esperando nossa passagem para amadurecer.
Bom, o exercício do desapego sempre...
mas tudo bem, eu estou bem consolada com as cerejas.
quarta-feira, 13 de junho de 2012
Itália!
Esta página é uma porta de entrada para compartilhar um pouco da experiência de morar por 3 meses na Itália. Estou indo atrás dos alimentos: os plantios, os modos de conservação, os preparos, as feiras, festas e tudo mais que aparecer.
Percebi agora que todas as minhas viagens são voltadas para conhecer o alimento local, a forma tradicional de preparar uma receita, os costumes regionais. Sempre quero saber que mato é aquele no quintal, para quê serve, como se come…O alimento me faz sentir realmente viajando e conhecendo outra cultura, amo isso! Então, acho que estou indo para o lugar certo!
E espero poder compartilhar aqui no DaHorta, minhas novas experiências. 3 meses abertos a viajar, trabalhar na terra, comer, passear… e o quê mais vamos descobrir para frente…
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