segunda-feira, 29 de outubro de 2012

A vassoura final

este é o lixo orgânico do Terra Madre

e dentro com restos de comida, pratos, copos, guardanapos. tudo feito com fibra de milho. biodegradável!

Esta é uma das coisas mais legais que teve pra mim no Terra Madre. O material era todo biodegradável. Não só isso, todo o evento foi pensado para produzir um mínimo de impacto ambiental. As mesas e cadeiras feitas de papelão eram sensacionais!

Mas as críticas também são necessárias...o almoço dos voluntários e delegados estava longe de ser slow. Todos os dias a mesma comida, com uma carinha sem vida e sem calor... Show mesmo foi a Regina Tchelly que juntou um pouquinho de cada ingrediente brasileiro, colocou seu uniforme de chef e foi lá nos bastidores cozinhar. Neste dia passamos bem com arroz vermelho feito com leite e queijo brasileiro e farofa de licurí e baru!

Difícil também é aceitar o clima de shopping center no sábado a tarde que acaba virando o evento. Numa certa hora é duro se locomover... E o cansaço só é vencido pela vontade de ver o mundo!

Mas o mais legal mesmo é com certeza o esforço do movimento para trazer os produtores e produtos de todo mundo. Os produtos tiveram que ser enviados antes, para serem analisados pelo controle da Comunidade Européia, e depois o Slow Food importou todos eles para estarem disponíveis no Terra Madre. Claro que vários tiveram problemas, e muitos mels ficaram presos pelas alfândegas européias... Cobrir a viagem dos produtores justifica o preço alto da entrada do evento. Não tem preço a alegria da delegação brasileira, com índios do Amazonas, agricultores da Bahia e Goiás, produtores de queijo de Minas e Ceará, que ficaram num hotel nos pés das montanhas e tiveram o privilégio de verem nevar! Um breve "causo" da Dona Maria Perpétua, catadora de umbú do sertão da Bahia. A família era contra a vinda dela, diziam que ela não sabia ler, que ia ficar perdida, que não ia se comunicar. Pois bem, Dona Perpétua deu seu recado, mostrava o flyer e dizia - Umbú, depois mostrava o vidro com os umbus em conserva, por último esticava a colherzinha com um pouco do doce para a pessoa provar. Sucesso total. Fez vários amigos.

Dona Maria Perpétua fez amizade com essa moça da Líbia. Em que língua? A do mundo!


aqui as mesas e cadeiras de papelão

e as premissas do evento a baixo impacto ambiental






2 comentários:

  1. Teresa, parabéns pelo conjunto da obra rsrsrs 89 postagens em 150 dias! muito bom! estamos agora nos preparando para ouvir as histórias ao vivo! ansiosos pelo dia 11... saudades, sua mãe.

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