quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Finalmente a bandeira! - Venezuela 1x0

Foi tudo muito mais rápido e confuso que eu podia imaginar. Quando cheguei ao evento quase todas as bandeiras e voluntários já estavam prontos, por pouco não fiquei sem entrar. É isso, o que primeiro me parecia uma presepada, na hora H era um sonho. Quando vi que não tinha mais país para acompanhar fiquei arrasada. Confesso. Um organizador se apiedou de mim (para alguma coisa serviu as caras que ensaiei) e convenceu uma senhora que já fez este trabalho várias vezes de trocar comigo. Roubei o doce da senhorinha, sem nenhuma vergonha, pronto falei. (mas depois ficamos amigas e ela entrou como delegada de Iemen - que não chegou a tempo).

E assim fui feliz, feliz, acompanhar um rapaz super jovem chamado Javier, da Venezuela! Ele faz um trabalho voluntário com os agricultores da região da sua cidade fazendo o link entre produtores e consumidores. São 25 voluntários, 100 cestas de verduras e produtos por semana e uma mudança na realidade da região. Trouxe para a Terra Madre batata preta, vermelha, e outras raízes e frutas que preciso ver amanhã, pois nunca ouvi falar.

Nada de bandeira do Brasil, mas vou seguir os conselhos de Lilian no outro post: abraçar a idéia de conhecer mais da Venezuela, da alimentação ao país, que Javier já me deu várias dicas de praias...

Cerimônia


Um pouco agora do evento de abertura, este sim cheio de emoção!

Foram selecionadas pessoas de importantes projetos para falar um pouco do seu trabalho e visão da alimentação, biodiversidade, política pública.

Entre o presidente da FAO, o brasileiro José Graciano da Silva, criador do projeto Fome Zero, ao "pop" Carlo Petrini, teve de tudo. E tudo emocionante e cheio de vida.

Mas, para mim, o ponto alto foram duas mulheres. Primeiro Vandana Shiva, uma indiana que luta a favor da conservação das sementes crioulas. Uma mulher que não tem medo de enfrentar interesses internacionais como o da Monsanto e de toda a indústria dos transgênicos. Foi ovacionada!

Depois uma japonesa, Yoko Sudo. Filha de agricultores da região de Fukushima, que contou um pouco de tudo que ocorreu na vida das pessoas, principalmente os agricultores, depois do vazamento da usina. Uma história de arrepiar. Começou dizendo que estava ali para lembrar a todo o mundo o perigo das usinas nucleares. E terminou fazendo um apelo a favor de tantas energias "limpas" que podem ser utilizadas.

Meu grito final poderia ser: Viva as mulheres! Mais detalhes de tudo que rolou no site do Terra Madre.

 Yoko Sudo - imagem do site Terra Madre

2 comentários:

  1. Ei Teresa,

    Viu só no fim tudo deu certo...
    Em sua homenagem vou focar em culinária venezuelana e farei pelo menos um prato...depois ti conto.
    Me responde uma coisa: quando vc planejou essa epopéia imaginou viver esse monte de emoções?rsrsrs...Aposto que não.
    Obrigada por compartilhar conosco essas emoções...
    Paz e muita Luz,sempre!
    Abração
    Lilian

    ResponderExcluir
  2. emoção sem fim menina. num dava pra imaginar. aliás num planejei nem a epopeia, rsrs.

    beijo grande

    ResponderExcluir